segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Quem?

Escondi meu coração dentro de um turbilhão de afazeres.
Crio, recrio, invento e reinvento.
Esqueço, enfraqueço, desfaleço.
Não há mais espaço para dor – a paralisia adormeceu minh’alma, tirou minha calma e fez do meu ninho uma coroa de espinhos.
Não há mais espaço para a felicidade – ela se foi, ou será que ficou? Não sei nada além do fato que se ficou, ficou longe de mim.
Nem mesmo eu estou por perto. Às vezes me vejo vagando, divagando, me fraudando, fugindo, fingindo não sentir nada, sem saber que a indiferença sobre meus próprios sentimentos há-de me fazer sofrer bem mais.
Não sei se estou sóbria ou se tenho permanecido ébria em meus devaneios mais loucos, em que o torpor do que sinto se transforma numa paz que para mim, devido aos fatos, só pode ser ilusão.
Não sei se estou viva ou morta, dormindo ou acordada, no limbo ou iluminada.
Sei que não sei mais quem sou!


Raposinha!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentario...